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quarta-feira, 9 de março de 2011

CONTOS DE MIROMAZUOS - Capitulo 6

Hora de Partir

Trombetas chamam a cidade para mostrar a formação do grupo que escoltará a princesa em sua busca, logo um trombeteiro ao lado de Heian anuncia:
- Oh povo de Zortárac, hoje partirá daqui nosso mago e seu grupo, Heian – O Misterioso, filho de Zuan e senhor da torre de estudos antigos, levará consigo: Bree - a Grandiosa, Donevan – o Vingador de Kord e Gróss – o Senhor da Guerra, a cidade deseja a todos, sorte e coragem, levem essas provisões que o rei lhes fornece, vão em paz aventureiros!
Enquanto nosso grupo de heróis saia, as trombetas paravam pouco a pouco de tocarem, e com cavalos dos mais fortes de Zortárac, seguiam seu caminho até o vale. Bree, que era a mais divertida e extrovertida, tirava a tensão com uma canção de viajante que aprendera com um amigo:

Vamos, vamos viajar
Juntos e leais
Pelo mundo aventurar
E viver ainda mais

Nos contos e historias
Que estaremos com muita glória
Ricos e com prestígios
Que jamais, ouviram aí por fora

Perigos vamos enfrentar
Na busca que nos fará
Heróis de nossas terras
E no mundo a brilhar

Vamos viajar...
Vamos viajar...

Depois de muito tempo de viagem, a noite chega ao céu de lua cheia e nossos aventureiros resolvem descansar.
- Pegue lenha para fazermos uma fogueira, amigo Donevan – Pediu Heian enquanto arrumava os colchões junto a Bree.
- Vou tirar água do joelho. – Seguia Gróss para a mata mais fechada.
A arrumação foi rápida e logo estavam todos ao redor da fogueira fazendo a primeira refeição em grupo, repartiram a comida em uma parte para cada e duas partes para o anão que comia feito um dragão adormecido por eras que acabara de acordar. Após comerem, decidiram que dois dormiriam enquanto dois vigiariam o acampamento. Os primeiros foram Heian e Bree, já que Donevam agradecia seu deus para depois dormir e Gróss que comerá demais, roncava com um sorriso satisfeito em seu rosto.
Os vigias conversaram sobre suas vidas e logo criaram confiança entre si, Bree se espantava cada vez que Heian contava as historias antigas de seu pai, que na verdade era ele mesmo. Bree empolgada com os mistérios arcanos, falou de seu amigo bruxo que sumiu e pediu explicação ao mago, que não parecia falar nada com nada:
- Um apego tão grande não desaparece assim, garanto que você se engana com o que seus olhos capturaram aquele dia e quando chegar à hora você vai ver o que ainda não quer ver.
Bree não entendeu nada, mas se fez de sabida mexendo a cabeça como se afirmasse tudo o que o mago dizia. A noite seguiu silenciosa, quando Heian não resistiu e caiu de sono deixando Bree, uma ladina, sozinha na vigia. A pequenina logo se aproveita da situação e pega do anão um machado pequeno, que estava pendurado do lado de fora da mochila, e guarda em meio a sua bagagem. Logo depois acordou a nova dupla e Bree disfarçadamente fingia dormir enquanto escutava o anão resmungar:
- Ora, tenho certeza de que trouxe um machado menor para esculpir na madeira, mas não o encontro.
Donevan atira uma faca e continua:
- Lhe dou essa faca se você fazer meu símbolo sagrado de Kord, feito?
- Feito! – Respondeu Gróss.
Enquanto o anão esculpia, Donevan se despreguiça e quando estava por acabar, escutou a mata se mexer, desembainhou sua poderosa espada ELCARION e alertou o anão que logo pegou seu machado grande.
- Acorde os outros, anão. – Cochichava Donevan.
O anão acorda o mago primeiro e o alerta, enquanto o mago pegava seu bordão, o anão foi acordar Bree, a pequena halfling retirou duas adagas e embrenhou-se na mata em furtiva, todos estavam apreensivos e quando um kobold cai em frente ao grupo, chutado pela Bree, o anão pisa no peito do pequeno humanóide reptiliano e pergunta:
- Por que espreitavas ao redor de nosso acampamento criatura escamosa?
- Calma! Calma! Eu sou apenas um kobold perdido precisando de comida e algo para beber, meu nome é Kroxo, me de algo para comer e faço o que vocês quiserem... Disse apavorado o pequeno escamoso.
Gróss não aceitava ajudar esse tipo de criatura, já que a natureza maldosa da maioria desta raça já havia atuado em algumas das guerras antigas contra sua terra natal, enquanto isso, o pessoal deu uma pequena parte de suas provisões e Bree, cuidadosamente, foi até a pequena bolsa de Kroxo e a abriu: - Não pode ser! Ele pode ter roubado ou algo assim, ele não é, que besteira a minha pensar que ele pudesse ser, deve ser um ladrão mesmo, devo mostrar isso aos outros.
Bree logo aparece com a bolsa do faminto kobold e interroga:
- Que diabos é isso? Você roubou não é?
Kroxo fica um tempo espantado com a atitude de Bree, mas responde:
- Sou um arcano e sou muito inteligente pra saber que você foi me roubar e quando deu as caras com meu grimório se assustou, pois provavelmente você já teve alguma experiência mágica desagradável! Estou certo? Bom, obrigado pela comida, conheço tudo por aqui, vocês seguem para onde?
Heain responde:
- Para Florengaya, o grande vale élfico.
Kroxo pega seu grimório e bota-o novamente na bolsa e diz:
- Conheço um atalho que reduzirá a viagem de vocês pela metade, o que acham?
Gróss e Bree não opinam, Heian da um sorriso que seus companheiros não conseguiam distinguir que fosse irônico ou de felicidade e Donevan com seu nobre coração aceita a ajuda de Kroxo e assim todos partem.